Paracuru

Paracuru, distante 84 km de Fortaleza, é a única sede de município do interior cearense banhada pelo mar. Também é conhecida como cidade da alegria, por realizar, durante o ano vários eventos de grande porte. O município de Paracuru tem o mais rico e variado ecossistema da Costa do Sol Poente, com 20 km de litoral, delineado por belíssimas praias que vão desde os pesqueiros da foz do rio São Gonçalo (Siupé), passando por dunas, enseadas de mar calmo e arrecifes com piscinas naturais, até os manguezais da foz do rio Curu.

História

De acordo com o historiador Rodolfo Spínola (“Vicente Pinzon e a descoberta do Brasil”), e o jornalista Eduardo Bueno (“Náufragos, Traficantes e Degredados”), em 29 de janeiro de 1500, o navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón protagonizou a primeira batalha em terras brasileiras, entre Europeus e indígenas Paracuruenses (Tremembés), às margens da foz do rio Curu. Como saldo do combate, pereceram vinte indígenas e oito espanhóis.

Numa antiga e pequena povoação a beira mar, habitado quase que exclusivamente por pescadores, mas que um dia foi tragado pelas areias amareladas das dunas de Paracuru, obrigando os moradores a construir uma nova vila em um local mais alto e seguro. E foi assim que o Padre João Francisco Nepomuceno da Rocha, nascido no Parazinho, deu início a construção da igreja, edificando ao seu redor as primeiras casas, sendo por esse motivo considerado o “Fundador de Paracuru”. Logo em seguida, no ano de 1862, o referido padre doou todas as terras de sua família para a igreja católica para conseguir a elevação da capela de Nossa Senhora dos Remédios à categoria de Paróquia.

Em 27 de novembro de 1868, a Lei de nº. 1.235, elevou a categoria de vila à povoação do Parazinho com a denominação de Vila do Paracuru, e território desmembrado de Trairi.

Após a instalação do município já com a denominação de Parazinho, sua história passou a ser marcada por muitas idas e vindas da sede municipal, travando brigas políticas com Trairi e posteriormente com São Gonçalo do Amarante (ex-São Gonçalo e Anacetaba), de acordo com o poder político dos coronéis.

Em 14 de agosto de 1874, de conformidade com a Lei 1.604, o município foi suprimido, transferindo-se a paróquia e a sede municipal para Trairi que doravante recebeu a denominação de Nossa Senhora do Livramento.

O município voltou a ser restaurado, de acordo com o Decreto nº. 73, de 1 de outubro de 1890, tendo sua sede instalada dia 25 de outubro daquele ano.

Em 1921 perde sua autonomia sendo sua sede transferida para São Gonçalo. Já em 30 de julho de 1926 a sede do município volta a Paracuru, sendo São Gonçalo rebaixado à condição de povoado com a denominação de Anacetaba.

Já em setembro de 1828, a Lei nº. 2.589 leva a sede novamente para São Gonçalo, mas em 20 de maio de 1931, Paracuru passou novamente a sede, perdendo mais uma vez essa condição para São Gonçalo em 7 de agosto de 1935.

A emancipação definitiva

Finalmente a Lei de nº. 1.153, de 22 de novembro de 1951, deu a Paracuru sua emancipação política definitiva elevando o distrito à categoria de município, e território desmembrado de São Gonçalo do Amarante. Mesmo assim Paracuru permaneceu ainda, sob o domínio político de São Gonçalo do Amarante até a realização das eleições de 3 de outubro de 1954, sendo a sede municipal instalada a 25 de março de 1955, com a posse dos novos eleitos para gerir os destinos do município recém criado.

Fonte: Wikipedia